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Análise de Napoleão de Ridley Scott

Ridley Scott dirige filme que era idéia de Kubrick
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 27/12/2024 19:23
  • Autor: Ricardo Corsetti
 "Napa" de Ridley Scott, que já tinha lido várias críticas extremamente negativas a respeito e algumas poucas críticas positivas. Portanto, fui ao cinema preparado pra tudo... Felizmente, em termos gerais, gostei bastante. Obs: se é uma versão digna do sonho não realizado de Stanley Kubrick, aí, já é outra história e nem vou entrar no mérito dessa questão. Fato é que as 2 horas e 38 minutos (dizem que serão 4 horas, na versão para streaming) do filme, fluem bem e não chegaram a me cansar, em nenhum momento. É também fato que Ridley Scott continua imbatível no quesito realização de cenas de batalha (sem CGI, a propósito). Tudo é muito bem coreografado, etc. Obs 2: boa parte das críticas negativas que o filme vem recebendo, se devem a suposta "inconsistência histórica" na apresentação de alguns fatos. Bem, entre outras coisas, eu sou professor de história e, sinceramente, não vi grandes problemas nesse sentido. Portanto, visto que "Napoleão", conforme já mencionei, é tecnicamente muito bem realizado, com bela fotografia, aliás. E também lembrando que, acima de tudo, se trata de uma mega produção destinada ao entretenimento (muito mais que ser a reprodução fiel de como tudo aconteceu de fato, no mundo real), eu sinceramente não entendo o porquê de tanto chororô, por parte de jovens críticos "emocionados". Isso me faz até imaginar que, no fundo, esse ranço todo em relação ao filme em questão, se deve ao fato dele ser dirigido por um "dinossauro" e não por um dos "brilhantes gênios da cinematografia contemporânea. Em resumo, caso ele fosse dirigido por Ego Nolan, por exemplo, essa galerinha o estaria rotulando como "genial, sensacional " e afirmando que "nem mesmo Kubrick faria melhor". Ah, Joaquin da padaria Phoenix, está bem em cena, mas nada de espetacular. Já Vanessa Kirby como "Josephine" (a eterna musa do "Napa") está espetacular, em todos os sentidos. É isso.