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A trilogia Hora do Rush

  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 11/03/2025 18:42
  • Autor: Luiz Cecanecchia

A saga Máquina Mortífera revolucionou o conceito de dupla policial no cinema nos anos 80. A  saga Hora do Rush trouxe isso para um novo nível,  com intrigas internacionais em um clima de comédia de ação.


O primeiro Hora do Rush de 1998 mostra o policial Cater ( Chris Tucker) de Los Angeles, se aliando com o policial Lee ( Jackie Chan ) de Los Angeles para resgatar a filha de um embaixador.


Cater é impulsivo, brincalhão, mulherengo, com  amplo conhecimento da cidade que é mal visto pelos colegas.


Já Lee é disciplinado, focado, conhecedor de artes marciais se virando em um país estrangeiro em busca de um criminoso internacional.


As cenas de humor alternam e se mesclam com cenas de combate criando momentos únicos de interação entre dois personagens com estilos tão diferentes de agir.

A medida que a trama anda não conhecemos apenas os planos dos vilões mas o passado de cada um vemos o desenvolvimento de sua amizade.


A hora do Rush 2, de 2001, é uma continuação direta poucos dias depois do final do primeiro filme.


Aqui a dupla está em Hong Kong, cidade Natal de Lee, com Carter sendo o estrangeiro com problemas de adaptação enquanto precisam descobrir os criminosos que atacaram a embaixada norte-americana, desvendado mais um esquema criminoso internacional.


A inversão da situação do primeiro filme permite tanto novas piadas quando conhecermos mais o mundo de Lee, além de termos um filme inteiro onde a dupla já está com uma parceria experiente,  afetando tanto a trama quanto as ótimas cenas de combate.


A Hora do Hush 3, de 2007, tenta extrapolar os limites da franquia,  com a dupla precisando lidar com uma ameaça global que os leva a França.


De um lado a ação está muito mais intensa, com perseguições espetaculares nos cenários lindos de Paris.


Do outro,  o clima de exagero faz com que as cenas sensuais deixem de ser humorísticas para virarem só apelativas, Carter vira quase um coadjuvante e o passado de Lee ganha um retcon mal explorado e desnecessário.


Assim, o filme 3 é divertido mas fraco e problemático, uma despedida com potencial não desenvolvimento, enquanto a primeira duologia executa perfeitamente sua proposta.


Existe o desejo da produção e dos atores de realizar um quarto filme porém o envolvimento do diretor da trilogia,  Brett Ratner, em escândalos recentes travou o projeto por tempo indeterminado. 


Pessoalmente,  considerando os problemas dos terceiro filme, talvez seja melhor interromper antes de criar algo ainda pior.


Enquanto isso,  assistir os dois primeiros filmes em sequência em uma sessão dupla vira uma ótima experiência para fã de comédia de ação até hoje.