Políticas globais em cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia da informação serão temas de workshops no BRICS 2025
Eventos acontecem nos dias 10 e 11 de abril, em Brasília, e fazem parte da Parceria BRICS para a nova Revolução Industrial (PartNIR)
- Categoria: tecnologia
- Publicação: 09/04/2025 21:56
- Autor: Chris Coelho

Consideradas como nova Revolução Industrial, a tecnologia da informação (TI), a inteligência artificial (IA) e a cibersegurança, serão temas de workshops, que acontecem no escopo do BRICS 2025 - grupo de 11 países emergentes -, em Brasília, nos dias 10 e 11 de abril. O Workshop Internacional sobre Perspectiva Tecnológica: Oportunidades da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) para Cooperação BRICS será realizado no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Já o Encontro do Grupo de Trabalho do BRICS sobre Segurança no Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação acontece no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Com a ascensão de desafios geopolíticos e a necessidade de uma governança mais inclusiva e sustentável, esses temas emergem como pilares fundamentais para o desenvolvimento e segurança coletivos. Em 2025, sob a presidência do Brasil, o BRICS — que representa cerca de metade da população mundial e 39% do PIB global — destaca-se como uma plataforma crucial para a discussão e implementação de políticas globais nas áreas de cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia da informação.
Cibersegurança e a Nova Revolução Industrial
A presidência brasileira do BRICS em 2025 dá continuidade ao trabalho iniciado com a Parceria BRICS para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), que busca não apenas a diversificação tecnológica, mas também a criação de ecossistemas soberanos de IA. A PartNIR é uma iniciativa estratégica dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) destinada a promover a diversificação e atualização tecnológica da base industrial desses países. A cientista da computação, Michele Nogueira, Ph.D. em Ciência da Computação pela Universidade de Sorbonne, professora da UFMG, que atua em pesquisas sobre o uso da Inteligência Artificial em Cibersegurança, explica que essa iniciativa visa ao desenvolvimento e à integração das cadeias produtivas dos membros do grupo, focando especialmente na inovação e na adoção de novas tecnologias. “Ela também visa fortalecer a segurança cibernética através do desenvolvimento de tecnologias que sejam adaptadas às realidades e aos idiomas dos países do grupo, garantindo assim uma competitividade sustentável no cenário global”, acrescenta Michele.
Objetivos Principais da PartNIR:
1. Adensamento e Integração das Cadeias Produtivas: a PartNIR busca promover a cooperação industrial entre os países do BRICS, visando à criação de cadeias de valor mais robustas e interconectadas que possam competir eficazmente no mercado global.
2. Desenvolvimento de ecossistemas soberanos de inteligência artificial: um dos focos da PartNIR é o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial que sejam adaptadas às realidades específicas de cada país membro, incluindo a adaptação para diferentes idiomas e contextos culturais. Isso visa não apenas fomentar a inovação tecnológica, mas também garantir que os benefícios da IA sejam compartilhados de maneira equitativa entre os países do BRICS.
3. Atualização tecnológica da base industrial: a PartNIR também enfoca a modernização e a tecnologização das indústrias dos países membros, procurando posicionar o BRICS na vanguarda das tecnologias emergentes que definem a quarta revolução industrial, como robótica avançada, biotecnologia e nanotecnologia.
Através desses objetivos, a PartNIR não só busca fortalecer a posição dos países do BRICS na economia global, mas também promover uma abordagem mais inclusiva e sustentável ao desenvolvimento industrial e tecnológico. “A parceria é um vetor crucial para a competitividade econômica dos países membros nas próximas décadas, alinhando-se com esforços mais amplos para uma cooperação econômica eficaz e mutuamente benéfica dentro do bloco”, Ssalienta a cientista da computação.
Inteligência artificial: governança e desenvolvimento sustentável
A IA é vista como uma revolução no conhecimento e na tecnologia, com o potencial de beneficiar toda a humanidade. Contudo, para que esses benefícios sejam universalmente compartilhados, é necessária uma governança global justa e equitativa. O BRICS, sob liderança brasileira, propõe uma estrutura que promova o desenvolvimento sustentável e inclusivo, defendendo o acesso não-discriminatório à transferência de tecnologia, protegendo dados pessoais e garantindo a integridade das informações para um uso ético e responsável da IA.
TI e a redução das desigualdades digitais
A cooperação no BRICS também focará em destravar o vasto potencial das tecnologias de informação e comunicação. Com a diretriz de promover uma abordagem centrada no ser humano e orientada para o desenvolvimento, a presidência brasileira pretende melhorar a vida das pessoas e reduzir as desigualdades digitais. Esse esforço colaborativo será crucial para avançar significativamente em áreas como inteligência artificial, segurança cibernética e tecnologias da informação, moldando um futuro onde a tecnologia eleva a qualidade de vida global. “Com essas iniciativas, o BRICS não só reafirma seu papel como um bloco econômico e tecnológico de crescente influência, mas também como um líder na promoção de uma ordem mundial mais equitativa e segura, via avanços significativos em cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia da informação”, finaliza Michele Nogueira
Sobre a Pesquisadora Michele Nogueira
Michele Nogueira é cientista da computação atuando nas áreas de redes de computadores, segurança de redes e privacidade dos dados. Tem doutorado em Ciência da Computação pela Sorbonne Université - UPMC/LIP6, Paris, França (2009) e realizou Pós-doutorado na Universidade Carnegie Mellon (CMU), Pittsburgh, EUA, com bolsa de Estágio Pós-Doutoral no Exterior CAPES, Programas Estratégicos - DRI. Foi membro titular do Conselho Nacional de Proteção dos Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD) da Autoridade Nacional de Proteção dos Dados Pessoais (ANPD).
É membro sênior da Association for Computing Machinery (ACM) e do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) em reconhecimento à sua liderança e contribuições técnicas e profissionais.
É professora associada do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é membro permanente do programa de Pós-graduação em Ciência da Computação.
Dedica-se a pesquisas voltadas à cibersegurança e à resiliência de redes e comunicação com aplicações em vários setores da sociedade.
O que é BRICS?
O BRICS é um agrupamento formado por onze países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã e que atua como fórum de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
Além dessas nações, o BRICS conta com nove países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Nesta modalidade, podem ser convidados a participarem de espaços de discussão do mecanismo, após consulta aos países membros e decisão por consenso.
Presidência brasileira
Impulsionando debates sobre cooperação para saúde global, governança global inclusiva, inteligência artificial, financiamento para combater as mudanças do clima entre outros, o Brasil assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2025. Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, tem atuado em dois eixos principais: Cooperação do Sul Global e Parcerias BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental.
Essas agendas estão refletidas em seis prioridades: Cooperação em Saúde Global; Comércio, Investimentos e Finanças; Mudança do Clima; Governança da Inteligência Artificial; Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança; e Desenvolvimento Institucional do BRICS. Estão previstas mais de 100 reuniões ministeriais e técnicas, que deverão ocorrer entre fevereiro e julho de 2025, em Brasília. A Cúpula dos Líderes do BRICS está prevista para ocorrer em julho.
Políticas globais em cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia da informação serão temas de workshops no BRICS 2025
Eventos acontecem nos dias 10 e 11 de abril, em Brasília, e fazem parte da Parceria BRICS para a nova Revolução Industrial (PartNIR)
Consideradas como nova Revolução Industrial, a tecnologia da informação (TI), a inteligência artificial (IA) e a cibersegurança, serão temas de workshops, que acontecem no escopo do BRICS 2025 - grupo de 11 países emergentes -, em Brasília, nos dias 10 e 11 de abril. O Workshop Internacional sobre Perspectiva Tecnológica: Oportunidades da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) para Cooperação BRICS será realizado no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Já o Encontro do Grupo de Trabalho do BRICS sobre Segurança no Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação acontece no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Com a ascensão de desafios geopolíticos e a necessidade de uma governança mais inclusiva e sustentável, esses temas emergem como pilares fundamentais para o desenvolvimento e segurança coletivos. Em 2025, sob a presidência do Brasil, o BRICS — que representa cerca de metade da população mundial e 39% do PIB global — destaca-se como uma plataforma crucial para a discussão e implementação de políticas globais nas áreas de cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia da informação.
Cibersegurança e a Nova Revolução Industrial
A presidência brasileira do BRICS em 2025 dá continuidade ao trabalho iniciado com a Parceria BRICS para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), que busca não apenas a diversificação tecnológica, mas também a criação de ecossistemas soberanos de IA. A PartNIR é uma iniciativa estratégica dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) destinada a promover a diversificação e atualização tecnológica da base industrial desses países. A cientista da computação, Michele Nogueira, Ph.D. em Ciência da Computação pela Universidade de Sorbonne, professora da UFMG, que atua em pesquisas sobre o uso da Inteligência Artificial em Cibersegurança, explica que essa iniciativa visa ao desenvolvimento e à integração das cadeias produtivas dos membros do grupo, focando especialmente na inovação e na adoção de novas tecnologias. “Ela também visa fortalecer a segurança cibernética através do desenvolvimento de tecnologias que sejam adaptadas às realidades e aos idiomas dos países do grupo, garantindo assim uma competitividade sustentável no cenário global”, acrescenta Michele.
Objetivos Principais da PartNIR:
1. Adensamento e Integração das Cadeias Produtivas: a PartNIR busca promover a cooperação industrial entre os países do BRICS, visando à criação de cadeias de valor mais robustas e interconectadas que possam competir eficazmente no mercado global.
2. Desenvolvimento de ecossistemas soberanos de inteligência artificial: um dos focos da PartNIR é o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial que sejam adaptadas às realidades específicas de cada país membro, incluindo a adaptação para diferentes idiomas e contextos culturais. Isso visa não apenas fomentar a inovação tecnológica, mas também garantir que os benefícios da IA sejam compartilhados de maneira equitativa entre os países do BRICS.
3. Atualização tecnológica da base industrial: a PartNIR também enfoca a modernização e a tecnologização das indústrias dos países membros, procurando posicionar o BRICS na vanguarda das tecnologias emergentes que definem a quarta revolução industrial, como robótica avançada, biotecnologia e nanotecnologia.
Através desses objetivos, a PartNIR não só busca fortalecer a posição dos países do BRICS na economia global, mas também promover uma abordagem mais inclusiva e sustentável ao desenvolvimento industrial e tecnológico. “A parceria é um vetor crucial para a competitividade econômica dos países membros nas próximas décadas, alinhando-se com esforços mais amplos para uma cooperação econômica eficaz e mutuamente benéfica dentro do bloco”, Ssalienta a cientista da computação.
Inteligência artificial: governança e desenvolvimento sustentável
A IA é vista como uma revolução no conhecimento e na tecnologia, com o potencial de beneficiar toda a humanidade. Contudo, para que esses benefícios sejam universalmente compartilhados, é necessária uma governança global justa e equitativa. O BRICS, sob liderança brasileira, propõe uma estrutura que promova o desenvolvimento sustentável e inclusivo, defendendo o acesso não-discriminatório à transferência de tecnologia, protegendo dados pessoais e garantindo a integridade das informações para um uso ético e responsável da IA.
TI e a redução das desigualdades digitais
A cooperação no BRICS também focará em destravar o vasto potencial das tecnologias de informação e comunicação. Com a diretriz de promover uma abordagem centrada no ser humano e orientada para o desenvolvimento, a presidência brasileira pretende melhorar a vida das pessoas e reduzir as desigualdades digitais. Esse esforço colaborativo será crucial para avançar significativamente em áreas como inteligência artificial, segurança cibernética e tecnologias da informação, moldando um futuro onde a tecnologia eleva a qualidade de vida global. “Com essas iniciativas, o BRICS não só reafirma seu papel como um bloco econômico e tecnológico de crescente influência, mas também como um líder na promoção de uma ordem mundial mais equitativa e segura, via avanços significativos em cibersegurança, inteligência artificial e tecnologia da informação”, finaliza Michele Nogueira
Sobre a Pesquisadora Michele Nogueira
Michele Nogueira é cientista da computação atuando nas áreas de redes de computadores, segurança de redes e privacidade dos dados. Tem doutorado em Ciência da Computação pela Sorbonne Université - UPMC/LIP6, Paris, França (2009) e realizou Pós-doutorado na Universidade Carnegie Mellon (CMU), Pittsburgh, EUA, com bolsa de Estágio Pós-Doutoral no Exterior CAPES, Programas Estratégicos - DRI. Foi membro titular do Conselho Nacional de Proteção dos Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD) da Autoridade Nacional de Proteção dos Dados Pessoais (ANPD).
É membro sênior da Association for Computing Machinery (ACM) e do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) em reconhecimento à sua liderança e contribuições técnicas e profissionais.
É professora associada do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e é membro permanente do programa de Pós-graduação em Ciência da Computação.
Dedica-se a pesquisas voltadas à cibersegurança e à resiliência de redes e comunicação com aplicações em vários setores da sociedade.
O que é BRICS?
O BRICS é um agrupamento formado por onze países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã e que atua como fórum de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
Além dessas nações, o BRICS conta com nove países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Nesta modalidade, podem ser convidados a participarem de espaços de discussão do mecanismo, após consulta aos países membros e decisão por consenso.
Presidência brasileira
Impulsionando debates sobre cooperação para saúde global, governança global inclusiva, inteligência artificial, financiamento para combater as mudanças do clima entre outros, o Brasil assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2025. Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, tem atuado em dois eixos principais: Cooperação do Sul Global e Parcerias BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental.
Essas agendas estão refletidas em seis prioridades: Cooperação em Saúde Global; Comércio, Investimentos e Finanças; Mudança do Clima; Governança da Inteligência Artificial; Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança; e Desenvolvimento Institucional do BRICS. Estão previstas mais de 100 reuniões ministeriais e técnicas, que deverão ocorrer entre fevereiro e julho de 2025, em Brasília. A Cúpula dos Líderes do BRICS está prevista para ocorrer em julho.
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