Análise de Domando o Destino (2017)
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 25/04/2025 00:18
- Autor: Ítalo Morelli Junior

Vinda de Pequim e ex-aluna de Spike Lee, a diretora Chloe Zhao fez aqui o que aprimorou em Nomadland (2020), longa que a tornou a segunda mulher a ganhar o Oscar de direção: um filme simples, humano e comovente, onde os "atores" são moradores locais e "interpretam" variações de si mesmos - no caso de Nomadland, apenas Frances McDormand e David Straithairn eram atores profissionais e não viviam a realidade do restante do elenco.
Brady Jandreau é um cowboy dentro e fora das telas. Tanto ficção quanto na vida real ele sofreu um grave acidente enquanto montava e fraturou o crânio. Mesmo recuperado, não é recomendado que ele volte a montar, deixando-o profundamente abalado. Ele já perdeu a mãe, seu pai (Tim Jandreau) é viciado em jogos e vende seu cavalo favorito para não perderem o trailer onde moram juntamente com Lily Jandreau, a irmã com Síndrome de Asperger. Mesmo sequelado, Brady vai trabalhar como domador de cavalos e também como caixa de uma loja de conveniência, enquanto fãs o reconhecem, o elogiam e pedem fotos. Ele também tem um amigo chamado Lane (Lane Scott) a quem sempre visita numa clínica de reabilitação (fora das telas ele sofreu um acidente de carro e aqui ele caiu enquanto montava), rendendo as cenas mais tocantes do filme. Chloe Zhao mergulha nesse mundo tão estadunidense e nos oferece um olhar universal sobre os personagens o mais humanizado possível. Uma história simples, parecida com tantas outras, mas que se impõe como única devido a maneira original com que Zhao decidiu contá-la.
Brad Jandreau não é ator profissional mas apresenta mais recursos dramáticos do que os oscarizados Casey Affleck e Jared Leto, e seu pai e sua irmã na vida real e na "ficção" também surpreendem com atuações naturalmente sinceras.
Mais do que um filme sobre rodeios, cujas cenas aparecem pontual e rapidamente, Domando o Destino é um filme sobre o amor incondicional de um jovem rapaz por todos que o cercam: seu cavalo de estimação, seus pais, a irmã e o melhor amigo, todos personagens reais de sua vida real.
Tão bom quanto Nomadland e Os Eternos
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