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A Relação do Personagem Ash (Alien - o 8° Passageiro) com a ficção científica no Cinema

  • Categoria: Análises e Críticas
  • Publicação: 26/04/2025 19:23
  • Autor: Rauny Moreira
O personagem Ash, de Alien (1979), é um dos vislumbres distópicos do futuro. Como franquia, o primeiro filme de Ridley Scott lançava um olhar que a década de 70 engendrava há algum tempo. O convívio entre pessoas e máquinas; humanos sintéticos; replicantes; robôs; androides ou mesmo, ciborgues, seres humanos com aprimoramentos cibernéticos, seguiria como o mote da ficção científica.
A desconfiança que Ripley tem é quase como de pares dentro de uma empresa que não se dão bem, é a mesma história do funcionário que cumpre sua função e do lambe botas e puxa saco do chefe que, nesse caso específico, o faz por motivo de força maior, um comportamento compulsório.
A tecnologia quase sempre é apresentada em tom negativo, quer seja pela obediência programada como aqui, ou manifesta como insurreição pelo menosprezo da IA em relação a nós e o subsequente extermínio em massa pela dominação global via inteligência estratégica e militar, como visto nas franquias: Exterminador do Futuro e Matrix. Ainda que exista "humanidade" e traços de vida orgânica nestas representações criadas, como compreensão de sentimentos paternais do T800, em Terminator 2, e uma nova vida concebida por Rachael, em Blade Runner 2049, isso serve como um chamariz complementar, quase funcionando num requinte de crueldade para realidades obscuras e caóticas. O T800 não sobrevive para contar a história dividida com John Connor, Rachael também não vê seu milagre vingado e crescido. Tudo segue na memória dos sobreviventes da estirpe primitiva e humana, conturbada com a terrível rotina de se viver o tempo todo com medo, como sendo escravizado e nos lembra Roy tão brilhantemente interpretado por Rutger Hauer.