Quando pensamos em grandes autores, é fácil imaginá-los reclusos, cercados por livros e ideias mirabolantes, mas longe das páginas de seus livros, eles podem ser pessoas completamente diferentes, com histórias curiosas que renderiam capítulos de tirar o fôlego. Já pensou quais são as histórias reais que os autores têm para contar?

Jack London

Aos 17 anos, Jack London era um jovem muito festeiro. Adepto das farras, o jovem escritor se metia em muitas furadas, sendo uma delas cair no mar e quase se afogar, sendo salvo por um pescador local. Logo após esse episódio, tentando dar rumo à sua vida, embarcou no Sophia Sutherland, barco designado à caça de focas.
 Essa experiência no barco de caça lhe rendeu um de seus livros mais famosos, O Lobo do Mar, onde retrata brutalmente o trabalho de homens que, assim como ele, fizeram da captura desses animais uma vida.

Fiódor Dostoiévski.

É difícil acreditar que um dos livros mais reflexivos e filosóficos de um autor possa ter sido escrito somente para pagar uma dívida de jogo, mas essa é a realidade de O Jogador, livro de Fiódor Dostoiévski, escrito em somente 26 dias como a forma de pagar uma dívida de jogo que o autor mantinha.

O contrato arriscado assinado pelo autor em decorrência de seu vício o sentenciou a ter que escrever algo que lhe trouxesse algum lucro, foi quando ele resolveu escrever sobre nada mais nada menos do que o jogo em si, e com ele, as questões degradantes e obsessivas nas quais o ser humano se envolve ao adentrar o mundo das apostas.

Haruki Murakami.

 Antes de se tornar escritor, Murakami gerenciava seu próprio bar de jazz em Tóquio, apaixonado pela música, não tinha nenhuma aspiração a escritor. Em sua biografia, relembra exatamente como decidiu que seguiria uma carreira de romancista, algo que nunca havia pensado em fazer antes. Foi enquanto assista a um jogo de beisebol que se inspirou para escrever seu primeiro romance “Hear the Wind Sing”, segundo ele esse momento foi como “uma sensação calorosa” e ele enfim entendeu que poderia escrever um livro, mais tarde Hear the Wind Sing lhe renderia seu primeiro prêmio, começando com chave de ouro sua carreira como escritor.

Agatha Christie

Outra escritora muito famosa por suas histórias de crime é Agatha Christie, o que muitos não sabem é que a própria já virou caso de polícia por um momento que até hoje segue sendo um mistério. Tudo começou em dezembro de 1926, quando após uma discussão com seu marido, a escritora se despediu de sua filha Rosalie e saiu com o carro a caminho da casa de uns amigos para passar o final de semana. No dia seguinte de sua saída, seu carro foi encontrado abandonado de uma maneira muito suspeita.

Como já era famosa na época, seu sumiço foi muito comentado, chegando até mesmo a mobilizar 15 mil pessoas que auxiliaram nas buscas. O drama terminou 11 dias depois quando Agatha foi encontrada desorientada em um quarto de hotel sem lembrar nada dos 11 dias em que passou fora. O detalhe mais curioso da história é o de Agatha ter dado entrada no hotel com o nome “Teresa Neele”, o nome da amante de seu marido, esse fato inspirou teorias da conspiração, uma delas é de que Agatha teria feito isso por vingança a seu marido, ou até mesmo como forma de incriminá-lo por sua “morte”.