Com recorde de inscrições, 8º Festival Lugar de Mulher é no Cinema consolida sua nova fase
E celebra a força do audiovisual feito por mulheres cis e trans e pessoas não binárias
- Categoria: Cinema
- Publicação: 18/06/2025 21:27
- Autor: Doris Pinheiro

O 8º Festival Lugar de Mulher é no Cinema acaba de encerrar sua fase de inscrições com um resultado histórico: 392 curtas-metragens enviados, todos dirigidos por mulheres (cis e trans) e pessoas não binárias. Esse número expressivo superou todas as expectativas da organização e confirma o crescimento, alcance e relevância do Festival no cenário do audiovisual nacional.
Com inscrições vindas de todas as regiões do país, os estados com maior número de filmes inscritos foram Bahia, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Distrito Federal — um retrato da nossa diversidade cultural e geográfica.
Este ano, o Festival dá um passo importante: deixa de ser Mostra e assume seu novo nome e formato como Festival, em um movimento que representa não apenas uma mudança simbólica, mas uma ampliação de escopo e consolidação no calendário cultural brasileiro. “A ideia de Festival traz à tona uma linguagem mais popular e agregadora, com foco em formação de público, premiações e celebração, sem abrir mão da curadoria crítica e do compromisso com a representatividade”, reforça a coordenação.
Próximos passos: curadoria e mostras competitivas
Os filmes agora seguem para a etapa de curadoria, que será responsável pela seleção de até 25 obras. A equipe curatorial também fará a distribuição dos curtas nas três mostras competitivas do Festival:
- Mostra Luas: reúne produções de todo o Brasil e dialoga com jovens, adultos e pessoas idosas.
- Mostra Raízes: dedicada exclusivamente a filmes baianos, enaltecendo a força do audiovisual produzido na Bahia.
- Mostra Matinê: voltada ao público infantojuvenil, contempla obras feitas para e com crianças e adolescentes.
A divulgação da seleção oficial está prevista para 20 de junho.
O Festival Lugar de Mulher é no Cinema se consolida como um espaço de fortalecimento, visibilidade e transformação para todes. Com uma proposta que une linguagem acessível e compromisso social, o evento se abre a diversos públicos — populares, periféricos, acadêmicos, formadores de opinião —, mas sem perder sua essência: celebrar e impulsionar o cinema feito por quem historicamente foi deixado à margem da indústria audiovisual.
Mais do que um festival de nicho, o evento quer que essas obras sejam vistas não apenas pelo viés identitário, mas como parte essencial da produção cinematográfica brasileira contemporânea.
Trajetória e impacto
Com sete edições já realizadas, o Festival chega a 2025 com uma trajetória sólida:
- Mais de 150 curtas exibidos desde 2017
- Audiência presencial e online de milhares de pessoas, especialmente em Salvador e na Região Metropolitana
- Participação de realizadoras de todas as regiões do país
- Atividades formativas diversas, como rodas de conversa, oficinas e masterclasses
Ao longo dos anos, o projeto tem se mostrado vivo, pulsante e necessário, colocando em primeiro plano narrativas que historicamente foram invisibilizadas. Agora como Festival, essa potência ganha ainda mais projeção.
O 8º Festival Lugar de Mulher é no Cinema vem aí — e promete mais uma vez ser um território de encontro, afeto, política e potência criativa.
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