Análise "O Brilho do Diamante Secreto" (2025)
Por conta do que tinha lido a respeito, anteriormente, esperava ver algo (guardadas as devidas proporções, é claro) na linha dos excepcionais Mario Bava, Dario Argento e Lucio Fulci. No entanto, o que vi foi um autêntico exercício de pretensão vazio e total desconhecimento acerca do que torna a filmografia dos mestres do cinema de gênero italiano acima citados, tão genial e praticamente irreproduzivel.
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 21/07/2025 11:18
- Autor: Ricardo Corsetti

Obs: sim, é fato que, em primeiro lugar, o cinema praticado por Bava, Argento e Fulci, era um autêntico "exercício de estilo", onde, muitas vezes, a trama (roteiro) e, sobretudo, o desenvolvimento coerente e linear dos temas abordados, ficava em segundo plano. Porém, em "O Brilho do Diamante Secreto", a dupla de diretores: Helene Cattet e Bruno Forzani, erra, não apenas ao propor uma "narrativa não-linear e fragmentada, mas também (e o que é mais grave) na composição visual (estética) de sua obra. Aliás, o fato de, ao contrário das obras de referência claramente utilizadas (clássicos do Giallo e Exploitation), o filme em questão, não ter sido rodado em película, compromete ainda mais o resultado; pois, mesmo atualmente, as câmeras digitais (mesmo as mais sofisticadas), não são verdadeiramente capazes de reproduzir a sensação de "profundidade" oferecida pela película. Em resumo, tudo parece muito raso e até "amador" no que se vê, em termos estético-visuais em "O Brilho do Diamante Secreto". Outro erro crucial cometido pela duplinha de diretores, ao tentarem trabalhar com tal tipo de referência: a displicência na hora de escolher a trilha sonora, afinal, não esqueçamos que as trilhas sonoras de boa parte dos clássicos do Giallo italiano, foram compostas por gênios do calibre de Ennio Morricone e Bruno Nicolai, por exemplo. Enquanto aqui, a trilha parece ter sido coletada num banco de "trilhas brancas" do youtube (rs). Lamentável mesmo...
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