É no mínimo curioso ver Marco Bellocchio, sim, o eterno "demolidor de instituições", num momento melancólico e sentimental. O que não siginifica que "Belos Sonhos" seja um filme ruim, muito pelo contrário, até porque a fina ironia c\ a qual Bellocchio sempre cutucou a igreja católica, continua presente. Apenas causa surpresa vermos a relação de amor e ódio que o diretor sempre manifestou em relação a sua própria família, numa fimografia sempre marcada por um forte caráter autobiográfico, de repente, dá lugar ao amor, praticamente incondicional de um filho por sua mãe. Ainda que o garoto em questão, seja devoto do lendário demônio, "Belphegor". Coisas do grande Marco Bellocchio.

No elenco Bérénice Bejo, Valerio Mastandrea, Nicolò Cabras, Guido Caprino, Barbara Ronchi