Revendo, há poucos atrás, graças à excelente Mostra Permanente de Cinema Italiano no CPC-UMES, essa autêntica obra-prima, dirigida pelo mestre supremo da comédia italiana, o saudoso Mario Monicelli (1915-2010). É fato indiscutível que praticamente tudo em termos de humor que veio após "O Quinteto irreverente", foi de alguma forma, influenciado por este filme. As famigeradas "pegadinhas" televisivas, por exemplo, praticamente nascem a partir das impagáveis travessuras de UgoTognazzi (1922-1990), Philippe Noiret (1930-2006) e seus demais camaradas, ao longo desta pérola suprema e atemporal do gênero comédia. Obs: há vários momentos impagáveis, no decorrer de "Quinteto",  como, por exemplo, a cena em que o endiabrado grupo de amigos decide, digamos assim, "desentortar" a Torre de Pizza, utilizando cordas e cavaletes de madeira e envolvendo populares napolitanos em tal operação (aliás, tal cena já foi reproduzida durante uma pegadinha realizada por um famoso programa brasileiro dominical...), ou também a tragicômica cena em que a esposa do personagem vívido por Tognazzi, decide cometer suicídio, enquanto dorme, inalando gás de cozinha, mas, logo percebe que seu não plano falhou, pois seu marido não pagou a conta do gás (rs). Porém, a minha cena preferida, ainda é mesmo aquela do cemitério, em que o personagem vívido por Adolfo Celi (1922-1986), resolve infernizar a vida de um viúvo chorão, se passando por um suposto amante da falecida (rs). Humor politicamente incorreto até a veia, praticamente irrealizável nos dias de hoje, mas que, ao mesmo tempo, revela o poder da amizade entre aqueles geniais senhores em busca da última aventura de suas vidas. Obs 2: ah, o impagável "regatino" praticado pelo hilário Tognazzi, um dia, ainda preciso fazer algo semelhante... 😉