No Spaten Fight Night, ao vivo, em rede nacional, o ringue templo da arte nobre foi tomado por um vendaval que ninguém esperava
- Categoria: Boxe
- Publicação: 29/09/2025 12:05
- Autor: Matêus Reis

O combate entre Wanderlei Silva e Acelino “Popó” Freitas, que deveria celebrar o boxe em sua grandeza, acabou maculado por gestos que fugiram à essência do esporte. Golpes ilegais, ajoelhadas, atitudes que transbordaram os limites da regra e do respeito. O árbitro, com justiça, desclassificou Wanderlei.
Mas foi então que a luta deixou de ser técnica e virou turbilhão. As equipes, antes expectadoras da glória dos seus atletas, transformaram-se em antagonistas da própria honra. Vozes elevadas, gritos, insultos, o corpo a corpo que não cabe em nenhum manual da nobreza esportiva.
No centro do caos, Popó, ídolo de gerações, ergueu-se como pacificador. Tentou conter, separar, acalmar. Mas a sombra da violência não escolhe alvos: foi ele quem recebeu chutes, socos e empurrões covardes, vindos de onde não se via, de braços que não sabiam parar.
Wanderlei, também tragado pelo furor, terminou ao chão, golpeado pela queda, recolhido agora à recuperação. Em torno deles, um enxame de corpos: uma dezena, talvez duas, no ringue, num espetáculo de insanidade coletiva que insistia em prolongar-se para além das cordas.
E, como se não bastasse, a violência extravasou os limites da arena. Na saída, nos corredores e até diante dos veículos de transporte, a fúria ainda ecoava.
Resta-nos, agora, o silêncio reflexivo. O receio do que pode vir e a esperança do que deve prevalecer. Que se levante mais alto o espírito nobre do boxe. Que vença o respeito, o reconhecimento, o gesto que cura: o pedido de perdão, o aperto de mãos, o abraço sincero.
É isso o que o Brasil quer ver. É isso o que o mundo espera.
Que a pancadaria de ontem se transforme, o quanto antes, no exemplo de reconciliação que só o esporte é capaz de ensinar.
“Wand, estou e sempre estarei aqui, pronto para apertar suas mãos, te abraçar e fazer a minha parte das desculpas na pacificação e na preservação do boxe e do esporte. Esse é o nosso papel como referências, ídolos de gerações. Espero que tenhas a grandeza de seguirmos juntos nesse propósito, que é muito maior do que nós, e de revivermos a liderança para conter, de vez por todas, cada um dos times e, quiçá, terceiros aproveitadores.” — Popó Freitas
“Somos gigantes e quaisquer diferenças se resolvem dentro do ringue, apenas entre nós, como de fato foi. Nenhum de nós queria o final que se sucedeu. Mas podemos ainda construir, ainda no presente, o futuro de paz, harmonia e muito espírito esportivo. Que todos respeitem a nossa história — a minha e a sua.” — Popó Freitas
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