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Análise de "Snatch - Porcos e Diamantes"(2000)", Direção - Guy Ritchie

É fato que Mr. Ritchie ao dirigir este filme e também seu ótimo antecessor ("Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes", 1999) pretendia ser uma espécie de "Tarantino à inglesa".
  • Categoria: Critica de Filmes
  • Publicação: 08/05/2025 02:31
  • Autor: Ricardo Corsetti
No final das contas, acabou se tornando o diretor de dois únicos filmes, sim, pois seus trabalhos posteriores são infinitamente inferiores e, portanto, absolutamente dispensáveis. Obs: andam dizendo que seu trabalho mais recente, "Magnatas do Crime"(2019), representa uma "volta à velha forma". Será? Bem, retrocedendo à época em que Ritchie era de fato relevante como cineasta, embora existam evidentes semelhanças entre seu trabalho e do "queixudo" norte-americano, tais como: violência estilizada, escolhas milimetricamente certeiras na escolha da trilha sonora, sempre marcada por clássicos do rock garagista e da soul music à la "blaxploitation", etc; diferentemente do que ocorre na filmografia tarantinesca, os filmes de Ritchie (ao menos nessa fase áurea ) são muito dependentes da montagem acelerada e com cara de videoclipe. Aliás, esse lance da montagem em ritmo de videoclipe, foi uma das grandes tendências noventistas e do início dos anos 2000. E ao menos na Inglaterra, tal modismo se iniciou no ótimo longa de estreia de Danny Boyle, "Cova Rosa"(1994), mas graças ao uso exaustivo, tal recurso logo se esgotou e virou clichê de época. Ainda sobre "Snatch" propriamente dito, o filme até que envelheceu bem, por conta do roteiro espirituoso e de seu ótimo elenco. E é isso...