Análise de "Missão: Impossível - Nação Secreta"
Quinto filme da saga Missão Impossível
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 15/05/2025 08:52
- Autor: Givaldo Dias

O agente Ethan Hunt e sua equipe enfrentam a missão mais impossível de todas: erradicar o `Sindicato´, uma organização secreta internacional, altamente treinada e determinada em destruir o IMF (Impossible Mission Force).
Quatro anos depois de "Missão: Impossível- Protocolo Fantasma", Ethan Hunt está de volta naquele que considero o segundo melhor filme de toda a franquia até agora.
Um filmaço de ação que não abusa da inteligência do espectador, tem um roteiro bastante coeso e sequências de ação eletrizantes em suas pouco mais de duas horas de duração. Sem dúvidas é um dos melhores filmes do ano.
Em se tratando do roteiro, o filme acerta ao equilibrar uma trama de conspiração e espionagem com cenas de luta e perseguições de tirar o fôlego. Mas, não se engane. "Nação Secreta" é muito mais do que um simples pipocão de ação. A dubiedade que permeia toda a trama é um de seus maiores trunfos, nem Ethan Hunt e nem o público sabem em quem devem de fato confiar, qualquer um pode estar do lado dos vilões e resta a Hunt seguir seus instintos como agente e com poucos aliados essa missão parece ser realmente impossível, como enfrentar um grupo que simplesmente parece não existir e sabe de todos os artifícios daqueles que estão em seu encalço?
A resposta é jogada aos poucos, dando-nos tempo de respirar enquanto Hunt corre (literalmente) para provar que está certo e que a grande ameaça invisível existe de verdade. O outro acerto do roteiro é que mesmo repleto de reviravoltas, todas são plausíveis e não ficam forçadas em momento algum, tudo é costurado de maneira extremamente coerente e de certo ponto até com um pé no realismo. O suspense não é abandonado mesmo quando surgem as mais espetaculares sequências de ação, tudo é arquitetado de forma a não perder o clima de tensão, embora surjam alguns momentos de humor para dar uma leveza na trama, mas, sem soar jogadas ao acaso. As piadinhas que aparecem tem motivo para estar presente, nunca são gratuitas e funcionam perfeitamente.
Tom Cruise continua demonstrando que gosta do que faz, além de mostrar uma forte disposição física que mais uma vez o faz recusar o uso de dublês, mesmo nas cenas mais perigosas, como na sequência do avião que vemos no trailer e que abre o filme. Cruise está bem à vontade com seu personagem, já que o conhece desde 1996, ano em que estreou o filme dirigido por Brian De Palma e que este que vos escreve também conferiu na telona (na verdade, vi todos os cinco no cinema), com exceção do segundo filme, que foi dirigido pelo mestre da ação John Woo (e que inexplicavelmente se tornou o pior) todos os demais são excelentes, na minha opinião, esse quinto capítulo é o que o segundo deveria ter sido de verdade.
Além de Cruise, o maior destaque do filme vai para Rebecca Ferguson que interpreta a enigmática Ilsa Faust, sua personagem é um dos maiores mistérios da trama, jamais fica claro qual o lado que ela realmente defende causando uma desconfiança contínua até os últimos minutos. A atriz traz o elemento mais dramático do filme, suas motivações embora nebulosas são muito bem desenvolvidas especialmente em suas expressões faciais, os olhos da personagem parecem querer nos dizer algo além do que está em seus diálogos e Ilsa também não decepciona quando parte para a ação (ela tira os sapatos para ir pra porrada), suas cenas de luta são algumas das melhores do filme.
Simon Pegg que interpreta Benjamin Dunn não é simplesmente um alívio cômico, seu personagem ganha uma importância bem maior em cena, A química entre Benji e Hunt é ótima, rendendo momentos bem divertidos e alguns outros bem perigosos. Sean Harris faz o vilão Solomon Lane, um personagem frio e implacável que fará tudo o que puder para derrotar Hunt nessa disputa. Sempre que surge na tela, Lane é um antagonista imponente e que demonstra ser extremamente perigoso, por detrás das lentes de seus óculos é possível enxergar em seus olhos ódio e desprezo, um dos melhores vilões da franquia ao lado de Owen Davian interpretado pelo saudoso Philip Seymour Hoffman.
"Nação Secreta" traz algumas referências aos filmes anteriores, muitas inclusive perceptíveis apenas aos mais fanáticos, além de sequências que remetem a produções como "Ronin" e "007- Operação Skyfall" e claro, uma das melhores sequências traz imediatamente a lembrança do clássico de Alfred Hitchcock "O Homem que Sabia Demais", não irei revelar exatamente do que se trata, mas aqueles que já assistiram devem se lembrar do que estou falando. Sequência essa que é extremamente bem fotografada e musicada principalmente.
As cenas de ação são menos "impossíveis", o CGI é visível em muitos momentos, mas nada exagerado que nos tire do realismo dado para a trama. Uma pequena curiosidade é que durante uma das sequências de perseguição é possível ouvir no som das motos quando aceleram, o tema da série "Missão: Impossível". O filme não possui cenas pós-créditos
Altamente recomendado.
#missaoimpossivelnacaosecreta #tomcruise #ethanhunt
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