DIREITA GANHA FORÇA E ELEIÇÕES DE 2026 SE TORNAM JOGO ABERTO, AVALIA CIENTISTA POLÍTICO
Para Elias Tavares, nova pesquisa Genial/Quaest revela protagonismo inédito da direita e enfraquecimento progressivo do governo Lula
- Categoria: Politica e Sociais
- Publicação: 07/06/2025 11:29
- Autor: Matheus Reis

A nova rodada da pesquisa
Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (5), aponta um cenário cada vez
mais incerto para as eleições presidenciais de 2026. O levantamento mostra o
presidente Lula tecnicamente empatado com diversos nomes da direita, o que,
segundo o cientista político Elias Tavares, representa uma guinada importante
no equilíbrio de forças políticas do país.
“Pela
primeira vez, Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ratinho
Júnior e Eduardo Leite estão todos tecnicamente empatados com Lula no segundo
turno. Isso indica que a direita deixou de ser coadjuvante e se tornou
protagonista da disputa”, afirma Tavares.
O especialista destaca que o
enfraquecimento do governo atual tem sido um movimento gradual, mas
consistente. Segundo ele, fatores como o escândalo envolvendo o INSS, que já é
atribuído diretamente ao governo por parte da população, e a falta de uma comunicação
eficaz agravam a situação do Planalto.
“Estamos
falando de um governo que ainda não conseguiu consolidar um programa que tenha
adesão popular. Soma-se a isso uma comunicação ineficiente, que até aqui tem
sido um gargalo permanente”, avalia.
Apesar da vantagem simbólica que os
dados conferem à oposição, Tavares alerta para o risco de dispersão entre os
nomes da direita. “A competitividade está
posta, mas a vitória exige estratégia. Se a direita insistir em múltiplas
candidaturas sem um plano claro de unificação no segundo turno, corre o risco
de desperdiçar esse momento. Por outro lado, se conseguir consolidar um nome competitivo
desde já, pode inverter o jogo”, aponta.
Elias Tavares também analisa o
contexto estrutural da política brasileira, que, apesar de multipartidário, se
mostra cada vez mais polarizado em torno de dois campos. “Vivemos em um país com 32 partidos e um sistema altamente fragmentado,
mas, nas últimas eleições presidenciais, temos visto uma disputa cada vez mais
binária entre dois campos, a esquerda e a direita. Essa polarização está
consolidada no imaginário do eleitorado, e quem entender isso com antecedência
terá vantagem estratégica em 2026”, conclui.
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