Análise do filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 13/09/2025 15:10
- Autor: Givaldo Dias

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
Diretor: Daniel Ribeiro
Elenco Principal: Ghilherme Lobo, Fabio Audi, Tess Amorim, Lúcia Romano.
Em “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” temos a história de Leonardo, um jovem que é cego e busca sua independência, seu dia-a-dia é completado pela presença de sua amiga Giovana, a vida dele começa a ter um novo rumo com a chegada de Gabriel, um novo aluno no colégio onde estudam e que faz rapidamente amizade com eles com isso, levará Leonardo rumo a uma sensível história de amor e amizade.
Para quem já assistiu o curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, uma excelente notícia, esse filme não é aquilo que eu tanto temi vendo o trailer de divulgação, ou seja, não é simplesmente uma versão estendida do curta, o filme explora melhor a personalidade de Leonardo, assim como também os demais personagens e apresenta uma narrativa que felizmente foge das armadilhas fáceis, de se tornar uma panfletagem gratuita contra preconceitos e amarra as pontas com muito cuidado e de forma bem leve e com certo humor inclusive.
Com visíveis mudanças em relação ao curta, os personagens são construídos de maneira sutil, sem precisar apelar para o dramalhão exagerado, coisa que poderia muito bem ter sido feita nas mãos de outro roteirista, além, é claro da temática que facilmente renderia algo bem lacrimoso, o filme é emocionante, mas sem precisar de lágrimas apelativas para fazê-lo, em poucos momentos mais tensos no filme, a carga dramática aliada a uma trilha sonora bem escolhida nos momentos certos, numa das melhores cenas, Gabriel vem em sua bicicleta correndo numa rua deserta, a fotografia da cena é belíssima, aliás, o trabalho de fotografia do filme em geral é muito bom.
Dentre os poucos pontos negativos que o filme apresentou para mim, destaco o principal, que foi a total ausência repentina da relação familiar entre Leonardo e os pais, que até certa parte do filme eram bem constantes, e na segunda metade é simplesmente esquecida do nada, sem spoilers, mas inclusive uma vontade de Leonardo tem a ver com essa primeira parte do filme em que ele está buscando uma vida independente, cansado da superproteção de seus pais. Mas, não é nada que prejudique o filme, ele se sustenta muito bem apesar dessa falha.
A perseguição que Leonardo sofre na escola por parte de alguns alunos serve como uma crítica direta ao bullying sofrido por muitas pessoas, seja lá por qual motivo for de cada uma, no filme, Leonardo é perseguido por ser cego e por durante a aula precisar usar uma máquina de escrever em braile, que faz certo barulho, fazendo alguns alunos encrenqueiros ficarem irritados com ele.
A trilha sonora do filme é outro acerto, com canções que passam por David Bowie, Belle and Sebastian e um pouco de música clássica.
O trio central vivido por Guilherme Lobo, Fabio Audi e Tess Amorim demonstra uma química perfeita, e suas atuações são excelentes, numa veracidade em sua amizade mostrada no filme, com todos os elementos clássicos da adolescência, a paixão platônica não revelada, o ciúme de quando alguém demonstra interesse pela sua paixão platônica...etc, por optar seguir uma narrativa mais leve, o filme se mostra ousado em poucos momentos, aliás, outro acerto no roteiro, se deixar levar apenas nas sutilezas do romance.
O filme chega ao desfecho com uma cena belíssima que demonstra toda a coragem que Leonardo teve para enfrentar seus limites e desafios pelo seu amor.
Muito bom, altamente recomendado.
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