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FESTIVAL DE CINEMA AMBIENTAL BATE RECORDE COM QUASE 500 FILMES INSCRITOS DE 25 ESTADOS BRASILEIROS

Com exceção do Amapá, todos os estados brasileiros tiveram representantes, o que reforça a abrangência nacional do Festival Cine.Ema._
  • Categoria: Cinema
  • Publicação: 11/10/2025 08:55
  • Autor: Lorena Meireles


O 11º Festival Nacional de Cinema Ambiental do Espírito Santo (Cine.Ema) consolidou-se como um dos principais espaços de difusão do audiovisual independente no Brasil ao receber 494 filmes inscritos, vindos de 25 estados e do Distrito Federal. As produções somam mais de 104 horas de exibição, evidenciando a potência da criação cinematográfica brasileira em torno de temas ambientais, sociais e culturais.

São Paulo lidera em número de inscritos com 92 filmes, dois foram selecionados: “Minha câmera é minha flecha”, documentário de Natália Tupi, que aborda a história de Richard Wera Mirim, um jovem Comunicador Indígena do Povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá. O filme mostra a câmera como uma flecha, uma ferramenta de comunicação poderosa na luta e resistência indígena. O outro concorrente foi selecionado para a mostra Cine.Eminha, “Passa a bola”, dirigido por Guilherme Herrera Falchi, é uma ficção que aborda a vida de Mira e Renata, irmãs que vivem em pé de guerra. Apaixonada por futebol, Mira quer jogar com um trio de meninos na nova rua, porém enfrenta resistência pelo fato de ser uma garota.

Rio de Janeiro, inscreveu 50 filmes e dois estão concorrendo, “Reciclos”, é uma ficção que traz uma metrópole futurista da América Latina, com filas de catadores de latinhas empobrecidos que se reúnem todos os dias em terminais eletrônicos de reciclagem que pesam e pagam na hora. Outra ficção direto do Rio, “O incrível mundo de Tan Tan”, de Danilo Calegari Manzella, traz a vida de Arthur, um menino de 10 anos que consegue viajar dentro do seu túnel de brinquedo para um mundo diferente. Uma aventura que fala sobre amizade, ciúmes, consumismo e uso excessivo da tecnologia.

Entre os destaques o estado de Pernambuco, enviou 26 filmes, e concorre com quatro filmes, de ficção, documentário e experimental, que vão desde o mergulho na identidade das baianas do Maracatu, diferenças culturais até extraterrestres.

O filme “Feme In The Machine” mostra uma perspectiva cativante sobre a realidade das costureiras de Toritama narrada por Feme, uma extraterrestre que é invocada por uma bruxa na beira do Rio Capibaribe para prazer uma profecia. A história explora a relação complexa das costureiras e suas máquinas, revelando as nuances de uma cultura que prioriza o trabalho em detrimento da realização pessoal. 

A diretora Valderiza Pereira que também é costureira na cidade conhecida como a capital do jeans, buscou inspiração na vivência diária com as costureiras. “Quando uma dor existe e não existe remédio para ela, a gente cria uma profecia para buscar a cura, através da invocação nas matas, à beira do Rio Capibaribe que é um rio altamente poluído pelas indústrias. Feme In The Machine nasce através da tragédia, mas também da vontade de trazer palavras de conforto, sobre a nossa identidade, sobre você continuar a ser você mesmo”, explicou.

Outra produção selecionada para o Festival Cine.Ema do estado de Pernambuco é “Sertão 2138”, do diretor Deuilton Junior. O filme que já ganhou premiações por outros festivais no Brasil,  inspirado por ficções científicas, seu gênero preferido desde criança. Criou uma terra distópica, onde uma cientista recebe uma misteriosa missão que interrompe seus planos. 

“É um gênero que gosto muito e busco inovar nos filmes, fui em busca de um lugar diferente, novo e o Sertão foi o local que encontrei para me inspirar, também dando destaque para o protagonismo negro, com a atriz Clau Barros”, destacou Deuilton Junior.

O Espírito Santo, estado anfitrião do Festival Cine.Ema contou com 29 envios, e dois filmes selecionados, entre eles, o documentário “Nascida com a manhã”, do diretor João Giry, que conta a história de Lúcia uma mulher que traz luz para a vida de todos em sua família. Há mais de 40 anos ela cuida do filho mais novo José Leandro, que é PCD Neurodivergente, uma criança no corpo de um adulto. A história é real, e a personagem é sua avó. 

“É a história da minha avó, uma guerreira, o pilar mais forte da minha família e isso me inspira muito, é como se ela fosse uma guia espiritual minha. A produção é intimista, comecei de longe observando, montava a câmera e deixava lá gravando, sem nenhuma interferência no dia-a-dia dela e do meu tio”, contou o diretor João Giry.

Os filmes do Festival também estão disponíveis gratuitamente no site cineema.com.br e o público pode votar nos seus filmes favoritos para ganhar prêmios. A programação fica online até dia 13 de outubro. O 11º Festival Cine.Ema conta com o patrocínio do Grupo Águia Branca e da Suzano, além do apoio da Reserva Ambiental Águia Branca, da Unimed Sul Capixaba, da Prefeitura de Aracruz e da TVE Espírito Santo. É uma realização da Caju Produções e do Ministério da Cultura – Governo Federal, por meio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais.

*Ranking de envio por estados*
São Paulo - 92
Rio de Janeiro - 50
Minas Gerais - 49
Paraíba - 34
Espírito Santo - 29
Pernambuco - 26
Bahia - 22
Rio Grande do Sul - 22
Ceará - 20
Rio Grande do Norte - 19
Goiás - 17
Santa Catarina - 16
Distrito Federal - 14
Mato Grosso - 13
Pará - 11
Paraná - 10
Alagoas - 9
Maranhão - 9
Piauí - 7
Mato Grosso do Sul - 6
Acre - 5
Sergipe - 5
Amazonas - 4
Rondônia - 2
Tocantins - 2
Roraima - 1
Amapá - 0


> FOTOS liberadas aqui!  (créditos Divulgação Cine.Ema)
  https://drive.google.com/drive/folders/1X-EHHOEUWGdqlnFT1dnKz9TAzOfYDk5G?usp=drive_link 

*Catálogo de programação - 11ª edição*: https://online.fliphtml5.com/hnpyf/khmf/ 
*Revista Cine.Ema 6*: https://online.fliphtml5.com/hnpyf/ehlm/ 

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