Análise "A Garota Ideal" (2007)
Ele foi dirigido por Craig Gillespie e estrelado por Ryan Gosling, Emily Mortmer, Patrícia Clarkson e Paul Schneider.
- Categoria: Critica de Filmes
- Publicação: 19/10/2025 18:57
- Autor: Mirian Mariano - Psicologa no Cinema
Olá pessoal. Estou de volta. Peço desculpas pela demora em escrever. Por causa disso, farei duas análises. Eu irei começar com A garota ideal de 2007. Eu fiz uma Live nessa semana e falei a respeito desse filme. Vamos lá. Essa comédia romântica é bem diferente. E tem vários temas bem interessantes.
A trama acontece em uma pequena e pacata cidade do interior dos Estados Unidos. Lars Lindstrom (Ryan Gosling) é um jovem tímido, introspectivo e altamente reservado. Ele tem alguns traumas de infância como abandono, perca da mãe, não ter um bom relacionamento com o pai e o irmão. Fora o sentimento de culpa que ele tem em relação à própria mãe. Ele não consegue ter muito contato social. Lars não gosta de contato físico e muito menos íntimo.
Atualmente, Lars está vivendo no galpão, ao lado da casa do seu irmão. (Paul Schneider) e da cunhada Karin (Emily Mortmer). Ele é muito querido por todos na sociedade, mesmo sendo um cara mais reservado e não querer ter nenhum contato mais pessoal.
Um dia, Lars fala para a família que tem uma namorada. E todos ficam animados e querendo conhecer a moça. Pois acham que ele está curando a sua solidão e seu “isolamento” social. Mas, Bianca, é uma boneca de silicone em tamanho real que ele comprou pela internet. Para ele, Bianca é a mulher ideal. Ele fala, conversa e a trata com respeito e carinho. Para Lars, ela é a garota ideal que ele sempre quis.
Com o passar do tempo, Lars apresenta a boneca a sociedade. A igreja e a leva em todo lugar. Preocupada com Lars, Karin convence ele passar com a médica da cidade, a Dra Dagmar (Patrícia Clarkson). Aos poucos, a cidade em peso, começa a ajudar com a família e principalmente com esse relacionamento do Lars com a boneca. E todos começam a apoiá-lo.
Com o passar do tempo, Lars começa a curar alguns traumas como o abandono e a falta da mãe. Mas ainda há muita coisa a ser curada. O que é normal, devido há tantos traumas dentro dele. O rapaz ainda precisa terminar a fase do luto.
Porém, há um momento que essa dependência emocional com a boneca vai passando. A boneca que era um símbolo da sua necessidade de proteção emocional, segurança e amor, pega uma “doença e morre”. E no funeral, Lars mostra que está um pouco melhor e que está pronto a começar a viver em sociedade.
Ele começa a se envolver com uma mulher de verdade, uma mulher chamada Margot (Kelli Garner), uma colega de trabalho. Ela nutre uma afeição por ele. Ainda antes de “acabar” o relacionamento com Bianca.
Mas mesmo assim, será que ele realmente está pronto para viver algo real ao lado da família e da sociedade? Acredito que Lars deveria continuar as sessões ainda para não precisar usar muletas como a boneca. Porém, houve uma grande melhora em seu quadro psicológico e emocional. Karin, a cunhada de Lars, parece ter a síndrome de herói e sempre tenta ajudar em tudo o que pode. E sempre está tendo um olhar maternal com o cunhado.
Enfim, é um ótimo filme. E Ryan Gosling está incrível. Eu recomendo não somente para estudantes de Psicologia, Psiquiatria etc, mas também para quem gosta de cinema e entender o ser humano. Minha nota é uns 9.
E o que vocês acharam do filme? Se quiserem comentar algo, fique a vontade. Logo estarei de volta, um abraço a todos.
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