Análise do filme A garota da agulha
- Categoria: Análises e Críticas
- Publicação: 27/02/2025 16:37
- Autor: Katasha Maya Ferreira

" A garota da agulha "
Magnus von Horn
2024
Baseado em um chocante caso real, o filme usa a estética do expressionismo alemão para falar sobre a miséria ( em todos os sentidos) humana, e como as condições adversas de um pós guerra tiram pouco a pouco a mesma humanidade das pessoas.
A Dinamarca não participou da primeira guerra, porém enviou alguns soldados ao front. E nessa Kopenhagen miserável vive Karoline.
Em meio à perda do emprego, do despejo e da incerteza sobre o fato de o marido estar vivo ou não, segue o instinto básico da sobrevivência e acaba engravidando do patrão aristocrata.
A mãe do mesmo proíbe o casamento, e ela,em uma cena angustiante tenta abortar sozinha em uma casa de banhos com uma agulha.
A fotografia em preto e branco, o uso da lente grande angular que amplifica o sofrimento dos rostos, as sombras que assustam são típicas desse movimento surgido na Alemanha desse período, como uma antevisão do nazismo. Existe um livro que detalha esse processo:" De Caligari a Hitler ".
Voltando à obra, a sensação de que o pior está por vir é constante, e de fato os piores pesadelos se sucedem uns atrás dos outros, a ponto de virar uma estória de terror protagonizada pela personagem Dagmar, a mesma da estória verídica.
Assim como em outros filmes que retratam esses períodos, os atos que normalmente seriam realizados em lugares privados, acontecem em locais públicos, como o sexo, o aborto, o parto e até os crimes monstruosos praticados por Dagmar. Afinal, em meio à fome, doenças, deformações e outras questões mais importantes quem se importa?
Karoline, apesar de conhecer e conviver com o lado mais monstruoso do ser humano, no final consegue perdoar e se elevar acima da barbárie, assim como seu marido que retorna do front totalmente desfigurado, mas com um coração preservado.
A atuação das atrizes sustenta a narrativa, estão potentes na sua " loucura a dois ", penso que muita coisa está ali com o objetivo de chocar por chocar..Não existe um momento de respiro, só pedrada...
Magnus von Horn
2024
Baseado em um chocante caso real, o filme usa a estética do expressionismo alemão para falar sobre a miséria ( em todos os sentidos) humana, e como as condições adversas de um pós guerra tiram pouco a pouco a mesma humanidade das pessoas.
A Dinamarca não participou da primeira guerra, porém enviou alguns soldados ao front. E nessa Kopenhagen miserável vive Karoline.
Em meio à perda do emprego, do despejo e da incerteza sobre o fato de o marido estar vivo ou não, segue o instinto básico da sobrevivência e acaba engravidando do patrão aristocrata.
A mãe do mesmo proíbe o casamento, e ela,em uma cena angustiante tenta abortar sozinha em uma casa de banhos com uma agulha.
A fotografia em preto e branco, o uso da lente grande angular que amplifica o sofrimento dos rostos, as sombras que assustam são típicas desse movimento surgido na Alemanha desse período, como uma antevisão do nazismo. Existe um livro que detalha esse processo:" De Caligari a Hitler ".
Voltando à obra, a sensação de que o pior está por vir é constante, e de fato os piores pesadelos se sucedem uns atrás dos outros, a ponto de virar uma estória de terror protagonizada pela personagem Dagmar, a mesma da estória verídica.
Assim como em outros filmes que retratam esses períodos, os atos que normalmente seriam realizados em lugares privados, acontecem em locais públicos, como o sexo, o aborto, o parto e até os crimes monstruosos praticados por Dagmar. Afinal, em meio à fome, doenças, deformações e outras questões mais importantes quem se importa?
Karoline, apesar de conhecer e conviver com o lado mais monstruoso do ser humano, no final consegue perdoar e se elevar acima da barbárie, assim como seu marido que retorna do front totalmente desfigurado, mas com um coração preservado.
A atuação das atrizes sustenta a narrativa, estão potentes na sua " loucura a dois ", penso que muita coisa está ali com o objetivo de chocar por chocar..Não existe um momento de respiro, só pedrada...
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